Alunas resgatam a história do cinema brasileiro no MIS-RP por meio de pesquisas de Iniciação Científica


Por Anna Clara Carvalho

As alunas do curso de Audiovisual do Centro Universitário Barão de Mauá, Amanda Ialamov e Sofia Figueira (foto acima), são as responsáveis por contar a história do cinema brasileiro a partir de materiais cedidos pelo MIS-RP (Museu de Imagem e Som de Ribeirão Preto) após a reabertura do espaço cultural.

O projeto, que surgiu a partir da ideia de compreender a importância do museu para pesquisas sobre o cinema brasileiro, foi transformado em uma análise científica quando o processo de reintegração do acervo foi colocado em prática.

Em uma visita ao local, as alunas puderam conhecer um pouco mais da cinematografia nacional e foi esse processo que despertou a curiosidade de transformar essa temática em um estudo científico. “Apesar de ainda estar em uma pesquisa inicial, a forma como o museu me proporcionou materiais inéditos sobre temáticas do audiovisual foi o elemento fundamental para que a minha curiosidade aflorasse”, conta Amanda.

A aluna, que irá dedicar os seus estudos ao processo de construção do filme “O Último Cangaceiro” de Carlos Mergulhão, explicou que a exclusividade proporcionada pelo museu foi o fundamental para o projeto de pesquisa. “O museu disponibiliza materiais inéditos sobre o filme. Fotos de bastidores, gravações e documentos originais. Esse material me chamou a atenção para um gênero tipicamente brasileiro: o cangaço”.

Para Sofia, a experiência foi ainda mais surpreendente. “O mais legal foi descobrir o museu e o que pode surgir dali, tanto no sentido acadêmico quanto no aspecto cultural”, relata.

Sofia, responsável por estudar e analisar as obras de David Cardoso – produtor, diretor e ator da pornochanchada –, explica que o gênero é de grande relevância para o país. “É um aspecto muito grandioso para o cinema nacional. A temática da pornochanchada, o cinema da Boca do Lixo e as obras do David Cardoso são grandes elementos para a cinematografia brasileira”.

O trabalho que ainda está em sua fase inicial conta com a orientação da professora dos cursos de Audiovisual e Jornalismo do Centro Universitário Barão de Mauá, Belisa Figueiró, e promete uma grande contribuição para os estudos da história do cinema brasileiro e visibilidade do processo de reabertura do Museu de Imagem e Som da cidade de Ribeirão Preto.