Por Jeniffer Santos
No dia 10 de outubro, Cristiano Pavini, editor do jornal digital O Farolete, Sandra Lambert, jornalista da rádio CBN, e Marcos Felipe, repórter da EPTV e ex-aluno da Barão de Mauá, estiveram presentes no 19° FestCom do Centro Universitário Barão de Mauá e ministraram a palestra intitulada “O futuro do jornalismo”.
A conversa, mediada pela professora Jéssica Amorim, refletiu sobre os desafios da profissão e a inteligência artificial.
Pavini, fundador do jornal independente O Farolete, afirma que o jornalista deve “sujar o sapato” e estar onde as coisas acontecem. Ele ressalta que o jornalista é um transformador de realidades e que a inteligência artificial não substituirá essa carreira. Em parceria com uma agência do Nordeste, ele resume um artigo que serve como base para criar um boletim. Ou seja, ele busca a inteligência artificial como um facilitador.
Lambert, radialista da CBN, menciona que seu maior desafio atualmente é competir com o conteúdo digital, incluindo os “digital influencers”. Ela destaca a importância de fazer as pessoas entenderem o papel do jornalista e ressalta que o profissional precisa ser multifuncional tanto na sua formação quanto na manutenção de sua carreira.
Marcos, repórter da EPTV, aponta que seu maior desafio é não receber avisos prévios sobre as mudanças em sua área, percebendo as mudanças apenas quando já ocorreram. Ele acredita que a importância do jornalista profissional está crescendo, já que as pessoas começam a valorizar a confiabilidade do trabalho desses profissionais em vez de apostar em aventureiros.
Pavini também fala sobre a inserção no mercado de trabalho tradicional, mas enfatiza que hoje em dia há facilidade em produzir e divulgar seu próprio conteúdo. Isso tem levado a uma popularização significativa e uma tendência que valida sua premissa.
Lambert acrescenta que é necessário buscar a pulverização e economia para atingir um número maior de pessoas, além de uma estratégia de marketing mais ampla, que muitas vezes requer grandes patrocinadores.