Já está disponível a edição do 4º bimestre de 2018 do Jornal Barão de Mauá, produzido por estudantes do 4º semestre do curso de Jornalismo da Barão, com supervisão dos professores José Antonio Bonato, Alberto Geraissate e Jefferson Barcellos. Além da versão digital, disponível ao final dessa publicação, essa edição também foi impressa e é distribuída para o público interno e externo da instituição.
Esta edição do Jornal da Barão investe em um tema caro a Ribeirão Preto: o patrimônio histórico, representado por um conjunto de imóveis do período cafeeiro que atualmente se encontra em estado de abandono.
Reportagens de Nathalia Bovi, Bruna Melo e Flávia Tostes mostram imóveis que são referências históricas do município em diferentes situações de conservação. O Palacete Camilo de Mattos e o Hotel Brasil simbolizam, a exemplo de outros prédios existentes na cidade, a necessidade de se investir na restauração.
Os dois possuem, cada qual a seu modo, valor para a memória dos ribeirão-pretanos: no palacete viveu um político importante e, pelo hotel, passaram hóspedes famosos, como os jogadores do Boca Juniors e River Plate.
Também em situação crítica se encontra a Estação Barracão, no Ipiranga, local no qual fazendeiros de café entrevistavam os imigrantes atraídos pela riqueza do município.
Em situação intermediária no cenário de conservação está o Museu do Café, instalado no campus da Universidade de São Paulo. Fechado desde 2016 devido a uma infestação por cupins, a conservação do imóvel está em andamento graças a recursos liberados pela Lei Rouanet, que possibilitaram uma parceria entre o município e uma instituição de ensino de Ribeirão Preto para seu restauro.
No passado recente, o Museu do Café era uma das opções de lazer do ribeirão-pretano aos finais de semana. Ali os visitantes podiam apreciar concertos musicais de chorinho do grupo Rouxinóis.
Em situação considerada ideal, a Casa da Memória Italiana, na região central de Ribeirão Preto é um exemplo de como a iniciativa privada pode colaborar para a preservação da cultura histórica da cidade.
Idealizado em 2013, o museu que conserva um pouco da valiosa contribuição dos italianos para a cidade é atualmente uma das opções culturais da cidade, graças à família Biagi, que doou o imóvel, uma casa do século passado, para abrigar o projeto. Ali o público encontra concertos musicais, exposição de arte e workshops.
A essa iniciativa se soma o Palacete Jorge Lobato, recentemente restaurado e, a exemplo da Casa da Memória Italiana, exemplo de que, com boa vontade e amor à cidade, é possível fazer muito por Ribeirão Preto sem depender exclusivamente de incentivos oficiais.
Confira abaixo o resultado final.