Alunos do 2º semestre produziram o texto na disciplina de Fundamentos do Jornalismo, destacando desafios atuais da profissão e o papel do jornalismo na democracia
Estudantes do 2º semestre de Jornalismo do Centro Universitário Barão de Mauá lançaram um manifesto em defesa da importância do jornalismo profissional no cenário contemporâneo. O documento, intitulado “Por que o jornalismo ainda é necessário?”, foi produzido na disciplina de Fundamentos do Jornalismo, ministrada pelo professor Lucas Zanetti, e reúne reflexões sobre credibilidade, democracia, desinformação e ética (leia abaixo na íntegra).
No texto, os alunos destacam o cenário atual de excesso de informações e a dificuldade do público em distinguir fatos de boatos. “Vivemos mergulhados em um mar de informações… é tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que fica difícil separar o que é verdade do que é invenção”, afirmam em um dos trechos. Para os estudantes, esse ambiente favorece a circulação de conteúdos falsos e reforça a necessidade do trabalho jornalístico baseado em apuração rigorosa.
O manifesto também chama atenção para o papel social da profissão e relembra momentos históricos em que a liberdade de imprensa foi ameaçada no Brasil. Em trecho que cita a Ditadura Militar, os alunos afirmam que “sempre que a liberdade pública diminui, a primeira área afetada é a circulação de informações”, destacando a importância de preservar mecanismos de fiscalização e transparência. O documento lembra ainda casos recentes de ataques à imprensa e episódios de desinformação com graves impactos na vida das pessoas.
Outro ponto enfatizado pelos estudantes é a responsabilidade ética do jornalista e sua diferença em relação à desinformação. “O jornalista não deduz, ele investiga, compara versões, verifica documentos e consulta especialistas”, escrevem. O grupo reforça que o compromisso com a verdade, a checagem e a transparência são elementos essenciais para sustentar a confiança do público. “No fim, não é ter mais informação que nos mantém lúcidos, é ter informação confiável”, diz outro trecho.
Ao final, o manifesto defende que o jornalismo segue indispensável para garantir cidadania, combater a desinformação e fortalecer a democracia. Os estudantes afirmam que a profissão continua sendo “uma das últimas linhas de defesa” diante da pós-verdade e das novas tecnologias usadas para manipulação informacional. O documento conclui que, enquanto houver sociedade, “haverá a necessidade urgente de um jornalismo responsável, humano e inovador”.
