Por Marcus Zanato e Marília Campos
O 1º Hack-Barão foi realizado entre os dias 11 e 14 de abril, na Unidade Comunicação, Negócios e Tecnologia, do Centro Universitário Barão de Mauá, reunindo 59 equipes dispostas a trazer ideias e propostas inovadoras para melhorar a mobilidade urbana na região de Ribeirão Preto. O primeiro lugar foi para o projeto “Despertar da segurança”, que recebeu o prêmio de R$ 800. Na segunda posição, ficou o grupo “Uber para cadeirantes”, que ficou com o cheque de R$ 500. O terceiro premiado foi “Pedestres”, com R$ 300.
Ao todo, 297 alunos se inscreveram para participar da competição, o que tornou esse hackathon o maior já realizado na cidade. Os grupos foram compostos por estudantes de diferentes graduações, sendo ao menos um representante de Ciência da Computação, Design Gráfico, Jogos Digitais, um dos cursos de Comunicação e outro de Negócios. Dez equipes foram classificadas e três saíram vencedoras.
Seguindo os parâmetros de um hackathon profissional, este modelo foi adaptado para o ambiente acadêmico e, ao longo de quatro dias, a maratona de inovação e tecnologia proporcionou uma oportunidade de integração entre os alunos, além do contato direto com profissionais que atuam na área da mobilidade ou na incubação de novas startups.
O primeiro dia começou com uma bateria de palestras sobre Planejamento Urbano: Mobilidade, Infraestrutura e Segurança, seguida de uma apresentação sobre Técnicas de Desenvolvimento de Soluções para Problemas. Na primeira palestra, a arquiteta e urbanista Paola Moreno Bernardi abordou os conceitos de mobilidade urbana, seus problemas e os princípios para sua melhoria. Correalizadora do projeto Como Anda, Bernardi também destacou os direitos do cidadão acerca do tema e pontuou os responsáveis pela resolução da problemática.
Em seguida, Graciela Lemos, gestora de finanças no Grupo WTB (um dos patrocinadores do evento), deu continuidade com a discussão sobre propostas inovadoras para mudar o cenário atual, partindo sempre de perspectivas realistas. Na sua opinião, as melhorias viáveis incluem também a questão do lixo, segurança e a busca por novas tecnologias para se aliar à mobilidade urbana.
A última palestra foi ministrada pelo professor de redação publicitária e criatividade, Raul Otuzi. O docente concluiu promovendo uma reflexão acerca da busca por alternativas melhores para o problema da mobilidade urbana. Ele ainda abordou a importância da criatividade na idealização dos projetos para o tema do 1º Hack-Barão.
Depois disso, as equipes tiveram um breve intervalo e logo foram divididas em salas para o início do desenvolvimento dos projetos. A maioria dos grupos foi definida de forma aleatória e os participantes passaram a se integrar no momento de discussão das ideias. Entre os desafios do hackathon, estavam a gestão da equipe e processo de brainstorming.
Na segunda noite, o evento começou antes mesmo da chegada dos alunos. Docentes, membros do Grupo WTB e outros envolvidos no Hack-Barão se reuniram com o professor de psicologia Alex Bertoldi para desenvolverem uma atividade sobre mentoria, essencial em todo hackathon. O objetivo era inspirar os especialistas que auxiliam e provocam os competidores dentro de seus próprios projetos, não só impedindo bloqueios, mas também mantendo as equipes dentro do cronograma.
O Grupo WTB, formado por especialistas na área de desenvolvimento urbano de forma integrada ou independente, também teve participação ativa durante todo o Hack-Barão, principalmente no segundo dia de evento. Os profissionais atuaram como mentores dos discentes no desenvolvimento de soluções criativas e inovadoras.Com a chegada dos alunos, os projetos continuaram a ser produzidos durante toda a noite. A pluralidade criativa de cada grupo, suas formas de inovar e as ferramentas utilizadas durante o desenvolvimento dos projetos foram melhor maturadas.
O terceiro e último dia de discussão das ideias foi marcado pelos ajustes finais nos projetos e definição do representante de cada equipe. Os alunos também se dedicaram à criação dos pitches, apresentação breve e objetiva do projeto feita para a banca de jurados. Os mentores estiveram à disposição para auxiliar os competidores a desenvolverem um discurso persuasivo e completo, exibido após o intervalo.
Divididos em três salas, os representantes de cada equipe tiveram três minutos para apresentar o seu projeto final. Além de mostrarem todo o trabalho realizado, eles ainda precisaram se preocupar em convencer os jurados de que o trabalho merecia estar entre os dez finalistas.
No último dia de Hack-Barão, os alunos se concentraram no anfiteatro para acompanhar o anúncio dos finalistas. A equipe de coordenadores dos cursos da unidade proferiu algumas palavras junto à equipe organizadora do evento, agradecendo aos participantes e envolvidos que possibilitaram a realização da maratona. O agradecimento especial foi aos apoiadores do Grupo WTB, representados pelo seu hub de inovação, grupo Sólluris; e aos representantes do SUPERA: Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto. Todos eles estiveram presentes durante o evento, auxiliando as equipes no desenvolvimento de soluções.
Os finalistas do 1º Hack-Barão foram anunciados no anfiteatro e as equipes selecionadas se prepararam para o pitch final, a apresentação que decidiu os três primeiros colocados da maratona. A banca final foi composta pela Profa. Me. Patricia Rodrigues Miziara Papa, pró-reitora de Ensino e Inovação do Centro Universitário Barão de Mauá; o Prof. Dr. Felipe Ziotti Narita, pró-reitor de Pós-Graduação e Investigação Científica da Barão de Mauá; Marcos Papa, vereador da cidade de Ribeirão Preto; Débora Florenzano de Bortoli, sócia do Grupo WTB; e o Prof. Me. Alex Bertoldi, docente da Barão de Mauá e representante do Supera Lab – Supera Parque Agência USP de Inovação.
Sob os olhares desses jurados, os primeiros colocados foram revelados. A equipe “Despertar da Segurança” foi a grande campeã do 1º Hack-Barão. Formada por Eloísa Pereira, Fernando Bonfim, Letícia Coleto, Maria Eduarda Silva e Victória Merigue, o grupo desenvolveu um projeto para levar segurança à população através de um teclado de discagem. O grupo garantiu o prêmio de R$ 800.
Em segundo lugar, a equipe “Uber para Cadeirantes” teve como proposta principal estender o aplicativo de corridas para atender também os deficientes físicos. A idealização, feita por Júlia Beatriz, Karinna da Silva, Lucas de Oliveira e Milenna Garcia, foi premiada com R$ 500.
Terceira colocada, a equipe “Pedestre” era composta pelos alunos Igor Barbosa, Luís Felipe Nunes, Arthur Pita, Celzo Ismael e Lucas Baratella. Os integrantes projetaram um aplicativo com o intuito de melhorar a infraestrutura e segurança da cidade e faturaram R$ 300.
A coordenadora dos cursos de comunicação, Carmen Justo, comentou sobre a maratona e o tema abordado:
“O Hack-Barão foi um evento pioneiro em nossa escola. O objetivo foi promover a integração entre os cursos e incentivar a pesquisa e extensão sobre temas que fazem parte do nosso dia a dia. Além disso, incentivou a criatividade e inovação. As equipes discutiram nos quatro dias do evento os temas: mobilidade urbana, segurança e lixo urbano. São temas que refletem na qualidade de vida das pessoas e das cidades e na preservação do meio ambiente. Penso que o Hack-Barão foi o primeiro de muitos eventos que podemos fazer para discutir os temas complexos do mundo contemporâneo e que refletem na formação humana e cidadã dos estudantes dos cursos de Comunicação”.
Para Eduardo Cicconi, coordenador dos cursos de Gestão, o primeiro Hack-Barão foi um um projeto inédito e inovador, trazendo a realidade do mercado tecnológico e o mundo das startups para dentro do ambiente acadêmico.
“O mais interessante foi ver o engajamento dos alunos, a qualidade das soluções apresentadas em quatro dias de trabalho, além da integração dos cursos das áreas de gestão, tecnologia e comunicação. Se juntarmos as três áreas, temos uma simulação do funcionamento de uma empresa. Nosso foco agora é aprimorar o evento ano após ano, evoluindo para criar uma estrutura de suporte e apoio, como um hub de inovação, para que essas ideias, apoiadas por especialistas, possam sair do papel e se transformarem em projetos reais, como empresas e startups”, afirmou.
Eliza Bomfim, coordenadora dos cursos de Tecnologia, ressaltou o sucesso do hackathon e garantiu que em 2023 ele voltará a acontecer. Ela também comentou a participação dos alunos na maratona:
“O 1º Hack-Barão foi um sucesso. Tivemos o engajamento de mais de 300 alunos! Foram 297 alunos em 59 equipes inscritas, 42 equipes apresentaram soluções para o tema de Planejamento Urbano, sendo dez equipes finalistas e três premiadas. Todos os projetos foram bem qualificados nos critérios de aplicabilidade, criatividade e inovação e poderiam ser implantados facilmente para solucionar a demanda da comunidade em que os alunos vivem quanto à Segurança Pública, Infraestrutura (tratamento e descarte do lixo, melhores condições de moradia e vias públicas), bem como Mobilidade Urbana. A colaboração dos docentes dos cursos da unidade foi excepcional e os alunos mostraram que valorizam e se interessam por este tipo de atividade. Nós, organizadores, estamos muito felizes com os resultados do evento e esperamos dar seguimento aos projetos para implantar soluções no âmbito acadêmico e mercadológico através do PIC e Hubs de Inovação. Ano que vem tem mais!”
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